Brasil Participará de Monit. de Planetas Gêmes da Terra

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria postada hoje (15/08) no site do jornal “Folha de São Paulo” destacando que grupo liderado por astrônomo do IAG/UPS participará de monitoramento de planetas ‘Gêmeos’ da Terra.

Duda Falcão

Ciência

Brasil Participará de Monitoramento
de Planetas 'Gêmeos' da Terra

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
15/08/2011 - 09h02
Atualizado às 11h36

Um grupo liderado por um astrônomo do Brasil pode desvendar o que leva certas estrelas, como o Sol, a abrigar planetas como o nosso, rochosos e pequenos.

Essa é a primeira grande investida brasileira na busca por mundos extrassolares com telescópios em solo.

O estudo se viabilizou graças ao acesso recém-obtido pelo Brasil para solicitar tempo de observação nos telescópios do ESO (Observatório Europeu do Sul).

O projeto aprovado, que pode revelar segredos sobre os planetas fora do Sistema Solar, é da equipe de Jorge Meléndez, peruano que trabalha no IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP.

Editoria de Arte / Folhapress
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COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Antes de 1995, quando o primeiro planeta fora do Sistema Solar orbitando uma estrela parecida com o Sol foi encontrado, os astrônomos já desconfiavam que deveria haver muitos sistemas planetários lá fora.

Meléndez e seus colegas agora pretendem testar a hipótese de que a presença de planetas terrestres como o nosso pode estar correlacionada à composição química do Sol, que é incomum se comparada com estrelas similares, com quantidade inferior de elementos pesados como ferro e níquel.

Isso será feito com o Harps, espectrógrafo (ferramenta que decompõe a luz para analisá-la) de alta precisão do ESO que fica acoplado a um telescópio no Chile.

Harps é o principal instrumento da mais bem-sucedida equipe de caçadores de planetas, liderada por Michel Mayor, do Observatório de Genebra.

O grupo conseguiu 88 noites de observação, distribuídas em quatro anos, para monitorar 66 gêmeas solares --estrelas que são praticamente iguais ao Sol, em termos de tamanho e temperatura.

E, com outro telescópio, a equipe obterá informações sobre a composição desses astros, para ver como a distribuição de elementos pesados se compara à do Sol.


Fonte: Site do Jornal “Folha de São Paulo” - 15/08/2011

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