Mapa do Universo Oferece Novas Pistas S/ Matéria Escura

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (13/08) no site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando Mapa Tridimensional do Universo oferece novas pistas sobre Matéria Escura e o projeto conta com a participação brasileira.

Duda Falcão

Mapa do Universo Oferece Novas
Pistas Sobre Matéria Escura

Texto: Ascom do ON
13/08/2012 - 17:46

O projeto Sloan Digital Sky Survey III (SDSS-III) divulgou recentemente o maior mapa tridimensional já feito de galáxias massivas e buracos negros distantes. Isso vai ajudar os astrônomos a explicar os mistérios da matéria e da energia escuras, que correspondem a cerca de 96% do que existe no Universo. A imagem faz parte do Data Release 9 (DR9), etapa que concentra o primeiro terço dos dados previstos para divulgação até 2014.

A participação do Brasil no projeto é coordenada pelo Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (Linea), sob a direção do astrofísico do Observatório Nacional (ON/MCTI) Luiz Nicolaci da Costa. “Estamos participando ativamente de um projeto que será fundamental para toda a astronomia que virá depois dele”, afirma Nicolaci, que é PhD em física pela Universidade de Harvard (1979) e passou a maior parte de sua carreira em instituições como o Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics e o European Southern Observatory.

O DR9 é o mais recente de uma série de divulgação de dados que começou em 2001. Ele inclui novos dados da Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (Boss), que vai medir a posição de 1,5 milhão de galáxias massivas nos últimos 7 bilhões de anos em tempo cósmico, bem como de 160 mil quasares – buracos negros gigantes se alimentando ativamente de estrelas e gás – distantes até 12 bilhões de anos. O Boss está mirando nessas galáxias grandes e brilhantes porque elas vivem no mesmo lugar que outras galáxias e são fáceis de detectar, mesmo distantes. Mapear essas galáxias, portanto, é um meio efetivo de mapear o resto das galáxias do Universo.

História do Universo

Com um mapa desses, os cientistas podem montar a história do Universo nos últimos 7 bilhões de anos. Com essa história, é possível ter melhores estimativas de quanto do Universo é feito de matéria escura, que não pode ser diretamente vista por não emitir ou absorver luz, e de energia escura – força misteriosa responsável pela aceleração da expansão do Universo.

O mapa do Universo é a peça central do DR9, que inclui imagens de 200 milhões de galáxias e espectros de 1,35 milhão, dentre as quais 540 mil de quando o Universo tinha a metade da idade que tem hoje.

Com os avanços científicos  também será possível um conhecimento muito maior sobre a Via Láctea. Tudo na base da colaboração. Isso porque qualquer pessoa pode acessar os dados pela internet, com ferramentas de busca que os astrônomos profissionais usam, para produzir ciência. Isso é a chamada ciência colaborativa, que permite que qualquer um faça a próxima grande descoberta.

Sobre o SDSS-III

O Sloan Digital Sky Survey foi o responsável pela divulgação, no início de 2011, da maior imagem já feita do Universo. Ela levou uma década para ser montada e possui mais de 1 trilhão de pixels, o que significa que seriam necessárias 500 mil TVs full HD, uma ao lado da outra, para visualizá-la na sua resolução máxima. A imagem fez parte da oitava divulgação de dados do projeto (Data Release 8). O SDSS é o projeto que teve, até agora, o maior impacto na astronomia mundial.


Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) 

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