INPE Assina Contrato do Radiotelescópio de Atibaia

Olá leitor!

Diário Oficial da União (DOU) de hoje (07/01) publicou um “Extrato de Contrato” assinado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) relacionado com a contratação de empresa especializada para reforma nos painéis elétricos do prédio do Radiotelescópio de Atibaia, localizado em Itapetinga (SP). Abaixo segue o extrato como publicado no DOU.

Duda Falcão

INSTITUTO NACIONAL
DE PESQUISAS ESPACIAIS
EXTRATO DE CONTRATO

Espécie: Contrato RD nº 01.06.100.0/2012;
Contratante: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI, por intermédio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE;
CNPJ nº: 01.263.896/0005-98;
Contratada: CLASSE A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA. - ME.;
CNPJ nº: 12.522.914/0001-00;
Objeto: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de reforma nos painéis elétricos do prédio do Radiotelescópio de Itapetinga, Atibaia, inclusive fornecendo material e mão de obra, conforme especificações contidas no Termo de Referência, Anexo I do Edital. (R.D. Nº 01.06.100.0/2012);
Fundamento Legal: Lei nº 8.666/93; Lei nº 10.520/2002;
Decreto nº: 2.271/97 e IN SLTI/MPOG nº 2/2008;
Valor do Contrato: R$ 29.974,00;
Vigência: de 07/01/2013 a 29/01/2013;
Data da assinatura: 28/12/2012;
Assinaturas: Pelo INPE: Marco Antonio Chamon, CPF: 074.880.448-00 - Diretor Substituto e pela CLASSE A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA.: Osmar de Paula Filho, CPF: 108.035.928-17 - Administrador.


Fonte: Diário Oficial da União (DOU) - Seção 3 - pág. 12 - 07/01/2013

Comentário: Apesar de aparentar ser um contrato de simples manutenção desses painéis elétricos, resolvi postar aqui no blog para chamar a atenção de nossos leitores para o que está acontecendo com esse radiotelescópio brasileiro. Único no gênero no país (até onde eu sei), o radiotelescópio de Atibaia, que é gerenciado pelo INPE, vem sendo sistematicamente abandonado pela Comunidade Astronômica do país devido ao seu grave momento de obsolescência, já que não atende mais os anseios da pesquisa astronômica brasileira, que curiosamente, como sabemos, vive o seu melhor momento em toda sua história. Esse fato é mais um exemplo de como a ciência e tecnologia desse país é tratada pelos seus governantes, sendo tremendamente triste observar a que ponto de descaso esse magnífico instrumento astronômico se encontra nesse momento. Minha vozinha costumava dizer em sua simplicidade interiorana: “Essa gente precisa de uma surra de cansanção”. (Para quem não sabe, o ‘cansanção’ é uma planta encontrada no Nordeste Brasileiro que se por infelicidade for utilizada sobre a pele humana, causa queimaduras e bolhas, fazendo com que o seu infeliz protagonista jamais se esqueça de que quando de passagem pelo mato, não se deve usar as folhas de “Cansanção” como objeto de limpeza em suas necessidades fisiológicas).

Comentários

  1. Gostei dessa.

    "Surra de cansanção" neles !

    Abs.

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  2. Opa!

    E falando sobre "gestão", esse é um recado direto ao pessoal do INPE.

    Qual é a real finalidade em investir mais dinheiro do contribuinte num Radiotelescópio sabidamente obsoleto, que "não atende mais os anseios da pesquisa astronômica brasileira" ???

    Está ai, para quem quiser ver !!!

    Porque ? Qual o motivo ? Qual é o interesse ?

    Muito, Muito, estranho.

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    Respostas
    1. Caro Marcos!

      O problema não está nessa obra, já que mesmo que o Radiotelescópio não estivesse obsoleto, a obra seria necessária. Além do mais, mesmo obsoleto, o radiotelescópio é utilizado na formação dos alunos de pós-graduação do INPE em Astronomia e Astrofísica. A minha crítica está justamente na inércia do Governo em atualizá-lo tecnologicamente, esse que é o grande problema.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Tudo bem então,

      Mas não fico confortável em saber que os alunos de pós-graduação do INPE em Astronomia e Astrofísica, usam um telescópio tido como obsoleto e que "não atende mais os anseios da pesquisa astronômica brasileira".

      Afinal é uma situação incompatível com a "sexta economia do mundo", e com uma "gestão inteligente" de recursos.

      Claro que um novo radiotelescópio, correria o sério risco de ser superfaturado, e nunca ficar pronto, mas não seria o mais certo nesse caso?

      Alguém do INPE, aluno ou professor, pra dar um parecer ???

      Abs.


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    3. Olá Marcos!

      Nem tão pouco eu, vamos ver se alguém do INPE se manifesta sobre esse assunto.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. Mais uma sobre a "gestão" pública. Acabou de passar aqui no jornal local, 7 meses depois de "inaugurado as pressas" um trecho do BRT do Rio, que já é um absurdo como projeto, pois deveria ser uma Veículo Leve sobre Trilhos. está se "desmanchando".

    É assim que esse pessoal se orquestra e faz as mesmas coisas em TODOS os níveis, do Federal ao Municipal.

    E no fim, ninguém é responsabilizado.

    Lamentável.

    "Surra de cansanção" neles !

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  4. Radiotelescópio do Nordeste:

    http://www.roen.inpe.br/frames/roen.htm

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