Muralhas Virtuais Protegem Unidades da Guerra Cibernética

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada ontem (14/07) no site do jornal “O VALE”, destacando que Muralhas Virtuais protegem unidades da guerra cibernética em instituições da Defesa nacional.

Duda Falcão

NOSSA REGIÃO

Muralhas virtuais Protegem
Unidades da Guerra Cibernética

Somente o INPE registra 200 mil ataques diários ao seu sistema
de dados; renovação de sistemas deve ser uma constante

Marcelo Pedroso
Editor de Cidades
July 14, 2013 - 06:54

Foto: Arquivo
Tecnologia do INPE

“O preço da segurança é a eterna vigilância”.  A adaptação deste surrado chavão é justificada quando falamos em uma média de 200 mil ataques cibernéticos diários a redes de dados com informações sigilosas de interesse da Defesa Nacional.

Este é o levantamento mais recente realizado pelo especialista em segurança e chefe substituto do Serviço Corporativo de TI (Tecnologia da Informação) do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de São José dos Campos, Renato Varela Corrêa.

A quantidade de ataques reflete o cuidado do INPE e de outras unidades civis e militares da RMVale na proteção de seus dados. “Quando você fala em segurança da informação, não pode parar no tempo. Você está tão protegido até que a próxima vulnerabilidade apareça. É uma briga de gato e rato”, disse Corrêa.

O INPE, por exemplo, aguarda a vinda de novos equipamentos de firewall (dispositivos de segurança) recentemente adquiridos para reforçar sua blindagem. Iniciativa mais que recomendada após as denúncias de espionagem por parte dos Estados Unidos.

“Quem trabalha com segurança da informação sabe que isso acontece constantemente. Você tem todas as concessionárias estrangeiras, todos os pontos de acesso passam pelos EUA. Seria muito infantil não acreditar que não somos monitorados, ainda mais com essa filosofia de combate ao terrorismo.”

Além do INPE, outras instituições ligadas ao MCTI (Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação) se articulam com o objetivo de criar um fórum para troca de informações sobre segurança cibernética.

Cavex - No Exército, a preocupação com a interceptação de dados provocou o lançamento, em 2011, da Cartilha Emergencial de Segurança de Tecnologia da Informação e Comunicações. Entre as unidades da região que empregam esta cartilha está o Cavex (Comando de Aviação do Exército), em Taubaté. “Com vistas à segurança, a rede de computadores da Aviação do Exército é formada por fibras ópticas, sendo proibido o uso de redes sem fio (tecnologia wireless), e o acesso a ela se dá por meio do uso exclusivo de computadores funcionais com controle de usuário e senha de acesso à rede”, informou, por meio de nota a Seção de Comunicação Social do Cavex.

O sistema de dados da Aviação do exército está integrado à Rede Corporativa do Exército, sendo que o gerenciamento e a segurança é de responsabilidade de juma unidade em Brasília.”O Exército Brasileiro é o responsável pelo ramo da defesa cibernética do Brasil. Até hoje, o escalão superior não reportou tentativas de invasão à rede que serve à Aviação do Exército”, informou a nota. O uso de sistemas criptografados também é procedimento padronizado pela unidade.

Aeronáutica - O VALE fez contato com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e com a assessoria de imprensa da FAB (Força Aérea Brasileira), que encaminharam o assunto ao Ministério da Defesa.

Especialista Cobra Renovação de Políticas

São José dos Campos - Para o pesquisador de assuntos militares Expedito Bastos, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), o recente episódio da denúncia de espionagem por parte dos Estados Unidos é uma boa oportunidade de aprendizado para o governo do Brasil.

“Acho que a primeira coisa a fazer é um ‘mea culpa’, tentar reverter isso e aprender com eles. A espionagem existe desde os tempos bíblicos.”

Para o especialista, mais do que a construção de um satélite geoestacionário nacional, como defende o governo, existe a necessidade de reformula-ção das políticas de defesa.

“O satélite ajuda, mas não vai resolver nosso problema, que vem do tempo dos militares com a reserva de informática”, afirmou.

Segundo Bastos, as recentes manifestações que tomaram conta das ruas do país em junho são um exemplo da estrutura falha do serviço de inteligência brasileiro.

“Uma agência de inteligência que não consegue identificar as passeatas que estavam sendo programadas na internet, na minha opinião não serve”, disse Bastos.

METAS DO GOVERNO

Satélite de Defesa

O SGDC prevê investimentos de R$ 720 milhões. A licitação deve ser concluída no fim do mês e o contrato assinado em agosto. O satélite deve entrar em funcionamento 32 meses após o contrato assinado

Cabos Submarinos

Construção de dois cabos submarinos de fibra ótica. O primeiro fará a ligação Fortaleza-Caribe-Europa, e o outro, Uruguai-Brasil-África-Europa

Internet

Instalação de um Ponto de Troca de Tráfego internacional, centro dados em que as estradas da internet se encontram


Fonte: Site do Jornal “O VALE” – 14/07/2013

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