Maior Acidente do Programa Espacial Brasileiro Completa 13 anos

Olá leitor!

Segue abaixo mais uma interessante notícia postada ontem (22/08) no site “G1” do globo.com, destacando que o maior acidente do Programa Espacial Brasileiro (PEB) completa 13 anos.

Duda Falcão

MARANHÃO

Maior Acidente do Programa Espacial
Brasileiro Completa 13 anos

Foguete VLS explodiu e matou 21 pessoas em 22 de agosto de 2003.
Acidente aconteceu três dias antes do lançamento do equipamento.

Do G1 MA
22/08/2016 - 05h00
Atualizado em 22/08/2016 - 05h00


Nesta segunda-feira (22), o maior acidente da história do Programa Espacial Brasileiro completa 13 anos. Três dias antes do lançamento, o Veículo Lançador de Satélites (VLS) passava por ajustes finais da Torre Móvel de Integração (TMI), no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), norte do Maranhão, quando uma ignição prematura de um dos motores resultou na explosão do protótipo de 21 metros de altura e na morte de 21 tecnologistas do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

(Foto: Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
Imagem de arquivo de agosto de 2003 mostra
técnicos do DCTA e soldados na TMI, em Alcântara.

A causa apontada pelo relatório final de investigação, concluído pelo Comando da Aeronáutica em fevereiro de 2004, foi um ‘acionamento intempestivo’ provocado por uma pequena peça que ligava o motor.

A comissão de investigação descartou a possibilidade de sabotagem, de grosseira falha humana ou de interferência meteorológica, mas apontou ‘falhas latentes’ e ‘degradação das condições de trabalho e segurança’, entre eles saídas de emergência que levavam para dentro da própria TMI, além de estresse por desgaste físico e mental dos tecnologistas.


O acidente, também uma das maiores da corrida espacial, chamou a atenção de todo o mundo, e foi acompanhada de perto pelos repórteres da TV Mirante. O Repórter Mirante de agosto de 2013 relembrou os 10 anos da tragédia e trouxe depoimentos de quem sentiu de perto os impactos da explosão – reveja acima.

A explosão assombrou os nativos da península, removidos pelo governo federal em março de 1983 para instalação do CLA e transferidos para sete agrovilas, localizadas a 14 km do município de Alcântara.

“Ouvi um ‘booooooommm’. Eu olhei e perguntei: meu Deus, o que é que está acontecendo? Foi uma explosão e foi para o rumo do quartel. Depois olhamos a fumaça. Com poucas horas soubemos da notícia. Foi horrível”, relatou a trabalhadora rural Leandra de Jesus Silveira.

“Foi uma explosão assim tipo um trovão. Sabe quando dá um trovão mesmo temeroso? Foi assim que deu. Poucos minutos depois a gente saiu da casa e olhou a fumaceira”, recorda o pescador José Louziano.

Famílias das 21 Vítimas

Todos os anos, parentes e amigos homenageiam os 21 engenheiros e técnicos do DCTA de São José dos Campos, com uma queima de fogos – às 13h23, horário do acidente –, seguida do oração.

Nova TMI

O acidente levou à adoção de novas medidas de segurança no centro de lançamento. Inaugurada em 2012, a nova TMI promete ser mais segura. Ao redor da torre de 33 metros de altura e mais de 380 toneladas, uma extensa fiação garante corrente elétrica para um dos estágios da plataforma do veículo lançador de satélites.

A área foi projetada e construída com concreto armado, tudo para evitar problemas como o que ocorreu em 23 de agosto de 2003, quando houve um incêndio plataforma e, em menos de dez segundos, a temperatura chegou a quase 3,5 mil °C.

Novo Acidente


Todo o foguete foi perdido e a estrutura de lançamento danificada. O lançamento fazia parte da Operação São Lourenço.

A plataforma levaria ao espaço um componente do Sistema de Navegação (SISNAV), denominado Sistema de Medição Inercial (SISMI), acompanhado de um GPS de aplicação espacial desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – em cooperação com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB) –, ainda em fase de qualificação.

Centro de Lançamento

Unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) no Maranhão, o CLA foi construído para ser ponto de lançamento de foguetes científico-tecnológicos pela localização geográfica estratégica, já que não era possível a ampliação do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) de Natal (RN), que sofria processo de expansão urbana na época. A fundação ocorreu no dia 1º de março de 1983, assinada por João Figueiredo.

A escolha da cidade histórica de Alcântara foi motivada pela proximidade com a Linha do Equador, que catalisa o impulso dos lançadores, economizando combustível utilizado nos foguetes.

Até o desenvolvimento do VLS, foram necessários 20 anos de pesquisa e aprofundamento. Nos últimos anos, a retomada do desenvolvimento do veículo espacial que coloque um satélite nacional na órbita do planeta Terra com o impulso de parcerias internacionais foi acelerada.


Fonte: Site “G1” do globo.com – 22/08/2016

Cometário: É preciso que a parte da Sociedade Brasileira que realmente se importa com o desenvolvimento deste Território de Piratas e do Programa Espacial Brasileiro (PEB) compreenda definitivamente que, se hoje não temos um Programa Espacial completo e com resultados expressivos, isto é devido ao completo descaso de diversos governos civis de merda que se seguiram desde o Governo Fernando Collor de Melo. Em momento algum, a partir do Governo Collor houve qualquer interesse desses vermes em conduzir com seriedade um programa espacial neste país, o que não só levou ao desastre de 2003 com o VLS-1, bem como o total sucateamento do programa durante o governo desta debiloide petista. O leitor pode perguntar: Em sua opinião Duda, haverá alguma chance de mudança com o TEMER no poder? Eu diria que nem com TEMER, nem com ninguém enquanto perdurar essa cultura do 'populismo', nem para o PEB e muito menos para o Brasil como nação desenvolvida, pura utopia que deverá ser explorada ao máximo com promessas vazias e fantasias por esses sangues-sugas que infestam a classe política deste país em todos níveis de governo.

Comentários

  1. É lamantável ver que,depois daquela pá de cal sobre Cachimbo,o desmonte do nosso estado e da nossa soberania só tende a se aprofundar e o esforço de tantos que deram as suas vidas(como os que morreram em Alcântara ou os que se dedicaram uma vida inteira como o Almirante Othon) parece ter sido em vão.

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  2. Há algo aqui interessante. O autor faz lembrar que os governos civis nem ligaram para o projeto espacial, o que de fato é uma verdade. Nesse sentido, faz-nos crer que com um governo militar (golpe de estado) coisa seria diferente. Será? O certo é que se atentarmos bem para os detalhes do sinistro não veremos um militar morto no acidente, nem um recruta sequer. Aliás, protegidos pelo agora governo Temer, os militares que, pouco ou nada corre de perigo em uma TMI, continuam a aposentar-se prematuramente, agravado pelo fato de que em Alcântara-Ma, por ser localidade especial, eles seaposentam com 20 anos de trabalho, por força do artigo 137, VI do estuto militar, já que o dispositivo reduz a 1/3 o tempo trabalhado a cada dois anos. Enquanto isso, civis morrem, literalmente, quer em explosão quer trabalhando mais que o dobro do tempo dos militares. Durma-se com tamanha incoerência!

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