Ministro Defende Continuidade de Projetos Estratégicos de Defesa

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (23/11) no site da Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que o Ministro da Defesa (MD), Raul Jungmann, defendeu em um Comissão da Câmara dos Deputados, em Brasília, a continuidade dos Projetos Estratégicos de Defesa.

Duda Falcão

AUDIÊNCIA

Ministro Defende Continuidade de
Projetos Estratégicos de Defesa

Audiência pública foi realizada na Comissão de Relações Exteriores
e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados

Por Ten Gabrielli Dala Vechia
MD/Agência Força Aérea
23/11/2016 - 08:29h


O ministro da Defesa, Raul Jungmann, destacou na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDEN) da Câmara dos Deputados que é preciso dar continuidade aos projetos estratégicos de defesa. Na audiência, realizada na terça-feira (22/11), o ministro explicou aos parlamentares os principais temas das Forças Armadas e as ações de sua pasta. "Nós precisamos manter e ter continuidade para esses projetos. Não se pode negar a um país, que tem um destino e uma projeção global, uma capacidade dissuasória", frisou Jungmann.

Também participaram da audiência pública na CREDEN, os comandantes da Marinha, Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira; do Exército, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas; e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato.

Entre as propostas da pasta para fomentar a base industrial de defesa e aumentar a geração de emprego e renda, o ministro disse que está buscando junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) a criação de uma linha de crédito internacional para que países parceiros possam comprar produtos nacionais. Ele também declarou a possibilidade de utilizar os fundos constitucionais e de desenvolvimento no financiamento dos produtos de defesa.

Outros incentivos que estão sendo estudados apontam a ampliação do uso do Regime Especial para a Indústria de Defesa (RETID) e do Termo de Licitação Especial (Lei 12.598), além da inclusão do Ministério da Defesa na Câmara de Comércio Exterior.

Jungmann iniciou sua explanação aos parlamentares da Comisssão apresentando os projetos sociais em apoio à sociedade como o Soldado Cidadão, o Forças no Esporte, Calha Norte, Operação Carro-Pipa, combate ao mosquito Aedes aegypti, apoio às eleições, transporte de órgãos, entre outros.

"O Ministério está trabalhando junto ao setor privado e confederações da indústria para ampliar, por exemplo, o projeto Soldado Cidadão, que é fundamental para jovens na orientação profissional", comentou Jungmann.

O ministro lembrou que o presidente da República acaba de enviar ao Congresso Nacional os três documentos da Defesa (Política Nacional de Defesa, Livro Branco de Defesa Nacional e Estratégia Nacional de Defesa), que são atualizados a cada quatro anos.

"Os quatro D´s, defesa, democracia, desenvolvimento e diplomacia são os fundamentos da nossa política estratégica de defesa nacional", afirmou o ministro.

Sobre os grandes projetos estratégicos de defesa, Jungmann disse que as Forças Armadas, juntamente com o MD, são os maiores contratantes de tecnologia dual (civil e militar) do País.

"Contribuímos para a inovação e o avanço tecnológico e para a produtividade nacional, a partir dos projetos que desenvolvemos", destacou. Jungmann comentou que a proposta orçamentária encaminhada ao Congresso Nacional é de R$ 90,8 bilhões e que as Forças Armadas estão empenhadas em racionalizar seus custos.

Ainda falando sobre a carteira de 12 projetos estruturantes da Defesa, o ministro ressaltou que os investimentos somam cerca de R$ 122 bilhões, sendo que já foram investidos R$ 27 bilhões. No projeto do submarino de propulsão nuclear já foram investidos R$ 1,9 bilhão, restando ainda R$ 7,1 bilhões. No projeto H-X BR, que constitui na compra de 50 aeronaves (helicópteros) já foram empregados R$ 3,7 bilhões.

Área de Interesse e SGDC

O Entorno Estratégico, comtemplado nos documentos da pasta, foi outro assunto abordado. Raul Jungmann mostrou que a área de interesse do Brasil abrange desde o Caribe até a Antártica, além da costa leste africana. Jungmann lembrou que 95% do comércio marítimo brasileiro transita por rotas no Atlântico Sul e manter a região livre de conflitos poderá ser um desafio nos próximos anos para o Brasil e seus parceiros comerciais da África.

Para Jungmann, a cooperação com os vizinhos no combate a crimes transfronteiriços é importante para garantir a segurança das grandes cidades brasileiras e dos países do Cone Sul. "A manutenção da nossa soberania depende da capacidade de dissuasão e defesa."

Jungmann aproveitou para anunciar que, na próxima semana, irá à França receber o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que será lançado em março de 2017 do Centro Espacial de Kourou na Guiana Francesa.


Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br

Comentário: Não obstante o fato dessas Audiências Publicas serem puro jogo de cena para continuar enganando a parte da sociedade que se interessa pelo assunto, na questão da Defesa eu gostaria de chamar a sua atenção leitor. A Estratégia Nacional de Defesa (END) elegeu como diretrizes estratégicas três setores específicos, ou seja, os setores cibernético, nuclear e espacial. Entretanto, enquanto você observa um esforço e um avanço (não como gostaríamos e poderíamos é verdade) nos projetos dos setores cibernético e nuclear do país, na contramão deste avanço se encontra o setor espacial, completamente abandonado e desprestigiado desde a implantação dos governos civis e no atual, isto mesmo antes da criação da END. Note que nessa matéria o Ministro do MD, Raul Jungmann, fala sobre os projetos estratégicos em curso no Ministério da Defesa, mas em momento algum (há não ser no projeto do SGDC que por si só já é desastroso para o Brasil) ele aborda projetos do setor de Defesa na área Espacial, como por exemplo, projetos do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), programa este do Comando da Aeronáutica (COMAER) lançado em 2012 sob as égides da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), constituída que foi pelo COMAER em fevereiro de 2012. Na verdade leitor o PESE foi criado pela FAB como uma alternativa ao fantasioso e fracassado Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), programa este que é uma tremenda de uma piada sob o comando de uma Agência Espacial de Brinquedo (AEB) que não agencia nada com competência, nem mesmo o seu setor de divulgação. Note que quando esse ministro ou os antecessores abre ou abriram a boca para falar sobre Defesa, para quem quer que fosse, pouco se disse sobre a área espacial ou então, de um tempo pra cá, se limitou a abordagem deste desastroso projeto do SGDC. Já o tal programa alternativo da FAB, conhecido como PESE, desde que foi lançada em 2012, só tem sido abordado (e mesmo assim com pouca ênfase) em poucos eventos pelos Comandantes da Aeronáutica que passaram pelo cargo neste período, postura esta que me faz questionar o porquê desta má vontade para com as atividades espaciais do país. O que adianta leitor ter um submarino convencional ou nuclear, um avião cargueiro, caças de combate, tanques, carros de combates e navios de Guerra, se os mesmos não puderem ser protegidos por sistemas de defesa espaciais???? Em um eventual conflito moderno com uma nação que domine o ciclo completo de acesso ao espaço, todos eles seriam abatidos em segundos, jogando por terra qualquer tentativa de defender a nossa nação. Ora, diante disto leitor fico a me perguntar se isto ocorre somente por estupidez e desinteresse, ou há mais coisas envolvidas nesta história??? Acompanho o Programa Espacial Brasileiro (PEB) desde os meus sete anos de idade, quando com grande dificuldade, pioneiros do PEB deram grande parte de suas carreiras (e alguns as suas vidas) para que alcançássemos o pouco que já foi feito pelo programa nesses 55 anos de atividades espaciais do país, e hoje estou plenamente convencido de que existe um movimento externo que interfere no desenvolvimento do programa com a ajuda desses energúmenos corruptos de Brasília. Dito de outra forma leitor, ‘TEM BOI NA LINHA’. Essa interferência pode ser feita de várias formas, segurando projetos dificultando a aprovação junto aos órgãos competentes, passando informações sigilosas a agencias de inteligência estrangeiras e até a facilitação de ações físicas como as conhecidas sabotagens. Mas, como isto é possível Duda? Elementar caro leitor, através da compra de servidores FDP e de políticos e assessores mal intencionados, tenha certeza, coisa nada difícil de se encontrar na nossa obscura Capital Federal. Temos de encontrar uma saída.

Comentários

  1. Com relação à interferência externa,acho estranha a atuação da Alemanha.Quando o VLM 1 estava praticamente pronto ela pede para alterar o propulsor para o S 50.Quando poderíamos ter o motor L75 operacional, ela pede para mudar o combustível para etanol, deixando o mesmo vom potência insugiciente para aplicação prática.Será que ela estaria fazendo o mesmo serviço sujo, que ela fez para os Eua, no caso das centrífugas Iranianas?

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    1. Olá Eng. Ageu!

      Não vejo a Alemanha como uma ameaça, há não ser se eles encontrarem brechas que possam ser do interesses deles, mas no momento não vejo assim. A solicitação para o aumento na potencia do S-50 foi devido na época as necessidades alemãs para a realização do voo suborbital do SHEFEX-3. Outra coisa, pelo que sei a decisão de mudança do querosene para o Etanol no Projeto do L75, não tem nada haver com os alemães, isto foi uma decisão exclusiva do IAE. A participação alemã neste projeto engodo se resume na realização dos testes a quente do motor, em outras palavras, o DLR foi contratado para isto devido no Brasil não existir um banco de provas para esta finalidade que comporte o L75.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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